Aproximadamente 2,5% da
população mundial, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, é atingida
pela Fibromialgia. Com o objetivo de trazer maior visibilidade para a doença,
caracterizada por dores musculoesqueléticas em várias partes do corpo, o mês de
fevereiro marca as iniciativas de conscientização sobre o problema.
A fisioterapeuta Kelly Gama, explica que o diagnóstico da Fibromialgia é clínico, não havendo necessidade de exames de imagem para confirmação. “O tratamento é individualizado, considerando as principais queixas e sintomas do paciente, sendo multimodal, voltado para diversas estratégias de tratamento de forma ativa, em que o paciente deverá aprender a gerenciar os sintomas que estão impactando sua vida”.
Entre os sinais que podem indicar à Fibromialgia, estão cansaço mesmo após períodos de sono, dificuldade de memória e concentração, dores de cabeça, intestino irritado, ansiedade e depressão. A procura por um fisioterapeuta especializado em dor e capacitado, nesse sentido, é fundamental no processo terapêutico.
Em seu trabalho, Kelly Gama destaca que está à frente de um programa exclusivo de tratamento e manejo da dor: o Ressignificador, formado por vários tipos de terapia, com a instrução sobre a dor e controle dos exercícios através de metas e/ou tarefas. “O objetivo é fazer com que o sistema de dor seja reeducado, fazendo com que ele se exponha a novas experiências, informações e atividades, aprendendo a movimentar-se de forma segura e sem risco de lesão”, detalha.
A aplicação de técnicas e métodos passivos voltados para a região que dói, como eletroanalgesia (TENS), por outro lado, não é indicada. Isso porque, segundo a fisioterapeuta, é necessário voltar-se para estratégias de educação do paciente sobre a dor, terapia com exercícios de exposição gradual e contingenciados.
“Pessoas que entendem o porquê
estão sentindo dor são as que apresentam os melhores meios para enfrentar a
doença. Receber uma educação voltada para o que está acontecendo com seu corpo
é uma estratégia de tratamento para saber gerenciar sintomas”, reforça Kelly
Gama.
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