O ex-senador Jean Paul Prates
assumiu a presidência da estatal Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras)
depois de ter sido nomeado por unanimidade, ontem, pelo Conselho de
Administração até a próxima Assembleia Geral de Acionistas da companhia. Jean
P. Prates foi eleito presidente da Petrobras com mandato até 13 de abril de
2023, mesmo prazo dos demais integrantes da Diretoria Executiva da empresa.
Prates assume a presidência da
Petrobras tendo defendido, já em dezembro, quando foi anunciado como futuro ocupante
do cargo pelo presidente Lula, que a política de combustíveis é um assunto de
governo. “Não quer dizer que seja intervencionista, mais ou menos, é um assunto
de governo, ponto. Porque atinge todas as empresas, não só a Petrobras”, dizia
à época.
O novo presidente da Petrobras tem 54 anos, é advogado, formado pela
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Mestre em Economia e Gestão de
Petróleo, Gás e Motores pelo Instituto Francês do Petróleo (IFP School) e
Mestre em Política Energética e Gestão Ambiental pela Universidade
daPensilvânia.
Foi membro da assessoria jurídica da Petrobras Internacional S.A. - Braspetro,
editor da Revista Oil & Gas Journal Latinoamericana e Diretor Executivo da
Expetro Consultoria em Recursos Naturais Ltda., a maior consultoria de petróleo
nacional durante os anos 1990 e 2000, quando coordenou projetos de diversas
empresas públicas e privadas, nacionais e internacionais, entidades sindicais e
setoriais, e assessorou governos, agências reguladoras e parlamentares em todas
as áreas do setor energético.
Como Secretário de Estado de Energia do Governo do Rio Grande do Norte levou o
estado à autossuficiência energética e à liderança nacional em geração eólica,
além de ter consolidado uma refinaria e usinas termelétricas a gás e biomassa
no Estado e construído bases para os projetos de energia solar e eólica
offshore.
Como Senador da República pelo Rio Grande do Norte entre 2019 e 2023, dentre
outros cargos relevantes, foi membro do colégio de líderes, e Líder no Senado e
no Congresso Nacional. Foi Presidente da Frente Parlamentar de Recursos
Naturais e Energia e do Grupo Parlamentar Brasil – Países Árabes. Foi membro de
diversas comissões do Senado Federal, como a Comissão de Assuntos Econômicos, a
Comissão de Serviços e Infraestrutura e a Comissão de Ciência e Tecnologia.
Jean Paul Prates foi também autor de importantes marcos legais envolvendo a
transição energética e práticas sustentáveis, tais como a lei que regulamenta
as atividades de captura e armazenamento de carbono e a lei da energia
offshore. Além disso, atuou como relator do Marco Legal das Ferrovias, das
novas leis sobre a produção de biogás em aterros sanitários e a nova lei de
mobilidade urbana sustentável.
Foi recentemente reconhecido como um dos três mais influentes no setor de
energia renovável no Brasil, e uma das 50 personalidades mais importantes do
setor energético mundial, pelas duas principais revistas internacionais
especializadas em energia – Recharge (européia) e Windpowe (americana). Também
foi eleito um dos 25 mais influentes da indústria eólica mundial pela
revistaWindpower.
A Federação Única dos Petroleitos (FUP) emitiu nota apoiando a nomeação de Jean
Paul Prates para presidir a Petrobras. “Representa o início de uma nova era em
direção ao crescimento e à retomada do papel da empresa como indutora do
desenvolvimento econômico e social do país”, afirmou o coordenador-geral FUP,
Deyvid Bacelar, que destacou sua vasta experiência nas áreas de petróleo e gás
e de energia renovável e meio ambiente e que vem participando das lutas em
defesa da Petrobrás, além de ter uma visão crítica sobre o Preço de Paridade de
Importação (PPI), implementado no governo de Michel Temer, em outubro de 2016.
O PPI vincula o preço dos combustíveis à variação do dólar, ao preço do barril
do petróleo no mercado internacional e aos custos de importação dos derivados.
Para Bacelar, que, ao lado de Prates, integrou o grupo de trabalho de transição
de Minas e Energia, o novo presidente da Petrobras é ” mais uma demonstração do
compromisso do governo com o povo brasileiro e a soberania nacional”.
Como senador (PT-RN), Prates era também presidente da Frente Parlamentar Mista
em Defesa da Petrobrás e teve papel de destaque, como relator, em projeto de
lei que busca a criação de mecanismos para minimizar os reajustes de preços dos
combustíveis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário