A invasão da Ucrânia pela
Rússia derrubou as bolsas da Ásia e da Europa nesta quinta-feira (24) e fez o
preço do petróleo passar de US$ 100 pela primeira vez desde 2014.
Outros ativos considerados
refúgios seguros, como o ouro, o dólar e o iene japonês, se valorizaram num
momento de tensão elevada nos mercados.
Bolsas em forte queda
Por volta das 5h, a bolsa da
Alemanha – a maior economia da Europa e muito dependente de insumos energéticos
russos – caía 3,7%, para o menor patamar desde março de 2021. Frankfurt perdia
3,73%, seguido de Paris (3,15%), Milão (3,10%), Madri (em torno de 3%) e
Londres (2,45%).
O índice pan-europeu STOXX 600
caiu 2,9%, atingindo o seu valor mais baixo desde maio de 2021, enquanto
marcava uma baixa de 10% em relação ao seu recorde de janeiro.
A Bolsa de Valores de Moscou
chegou a suspender a operações após abrir com queda de mais de 10% e o o rublo
caiu 7% em relação ao dólar e atingiu seu mínimo histórico, antes da intervenção
do Banco Central russo.
A Bolsa de Tóquio encerrou a
sessão de quinta-feira em baixa de 1,8%. O índice CSI300, que reúne as maiores
companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 2,03%.
Nos EUA, os índices futuros
tinham queda de mais de 2%, sinalizando um dia de perdas também em Wall Street.
Na madrugada desta quinta, o
presidente russo, Vladimir Putin, anunciou o início de uma "operação
militar" na Ucrânia. Kiev diz se tratar de uma "invasão de grande
alcance".
"Neste momento, é
impossível apostar em qualquer cenário", diz Ipek Ozkardeskaya, analista
da empresa de investimentos SwissQuote, para quem este "é o pânico nos
mercados".
O preço de petróleo barril do
tipo Brent, a referência do mercado, chegou a atingir US$ 103,78 , o maior
valor desde agosto de 2014 e uma alta de cerca de 6% em relação ao fechamento
de quarta-feira.
Por volta das 6h30, o preço do
barril de Brent subia 6,48%, a US$ 103,32. O petróleo WTI avançava 5,87%, a US$
97,97.
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