De acordo com a Sesap, as coletas foram feitas em dezembro junto de outras amostras identificadas como variante Delta. O sequenciamento das amostras foi feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) a partir de material encaminhado pelo Laboratório Central Dr. Almino Fernandes (Lacen).
Os dois potiguares que desembarcaram m dezembro passado no Aeroporto Internaciol Aluízio Alves, no município de São Gonçalo do Amarante, estão recuperados da doença. Além deles, as amostras de outras três pessoas — familiares dos dois infectados — serão analisadas pelo Lacen.
A pasta reforça que suas equipes de vigilância epidemiológica seguem trabalhando no rastreio dos casos e no monitoramento do cenário em todo o Rio Grande do Norte.
"A Sesap reforça a necessidade da manutenção das medidas sanitárias, pois os estudos apontam esta variante conta com um alto potencial de transmissão", afirmou a subcoordenadora de vigilância epidemiológica do RN, Diana Rêgo.
A pasta pede que as pessoas sigam com o uso de máscaras e realizando higiene permanente das mãos com álcool 70%, além de procurar a vacinação contra a Covid e completar o esquema de imunização.
"Nós aproveitamos o momento para reafirmar a toda a população a necessidade das medidas não-farmacológicas, em especial o uso das máscaras, o uso do álcool gel para higienização das mãos", ressaltou Diana Rêgo.
Até esta segunda-feira (03), o Rio Grande do Norte registrava 387.542 casos confirmados de Covid-19. Desde o início da pandemia, a doença matou 7.573 potiguares.
Já com relação à vacinação contra a Covid-19, o estado conta com 2,3 milhões de pessoas vacinadas, o que representa 74% da população. Além disso, outras 535 mil pessoas já tomaram a terceira dose da vacina contra o coronavírus.
De acordo com uma pesquisa feita por investigadores de diferentes instituições, incluindo pesquisadores da Fiocruz e da Universidade de OxfordUma terceira dose da vacina AstraZeneca aumenta significativamente os níveis de anticorpos neutralizantes contra a variante Ômicron (B.1.1.529), indica um novo estudo. A . E estes resultados foram publicados em forma de preprint na plataforma bioRxiv (Omicron-B.1.1.529 leads to widespread escape from neutralizing antibody responses) nesta quinta-feira (23/12).
“Como temos observado a variante Ômicron é capaz de infectar pessoas com o esquema vacinal completo, assim como as que foram previamente infectadas por outras variantes. Os dados apresentados neste estudo mostram que a terceira dose é capaz de aumentar a presença de anticorpos neutralizantes contra Ômicron [foram aumentados em 2,7 vezes após a terceira dose da AstraZeneca], resgatando a capacidade de neutralização dos soros das pessoas vacinadas como observado em relação às outras variantes de preocupação após a segunda dose”, explicou Marco Krieger, vice-presidente de Produção e Inovação da Fiocruz.
A variante Ômicron foi identificada em novembro passado, na África do Sul, e ficou conhecida como B.1.1.529. Uma das características da nova cepa é que há uma modificação na proteína spike do vírus.
Um outro estudo dinamarquês
publicado em dezembro mostra que a variante ômicron é mais resistente aos
anticorpos produzidos pela vacina em comparação com a delta. A pesquisa foi
realizada pela Universidade de Copenhagen, Statistics Denmark e pelo SSI
(Statens Serum Institut – sigla em inglês).
Ao analisar cerca de 12 mil famílias vacinadas em dezembro, os pesquisadores observaram que a ômicron é até 3,7 vezes mais infecciosa.
Segundo o estudo, o vírus está se espalhando mais rapidamente porque é mais resistente à imunidade obtida com as vacinas.
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