Na prática, isso significa
que, caso o presidente Jair Bolsonaro apresente ao Congresso projeto de lei
para vender a estatal, os sindicatos puxarão nova greve, que, de acordo com o
coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, será uma das mais fortes da história
do setor, semelhante às de 1995 e 2020.
A entidade argumenta que, no último dia 30, a Petrobras concluiu a venda da
Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, para o fundo Mubadala, por US$ 1,65
bilhão, e que este valor é "cerca de 50% inferior em comparação com os
cálculos estimados em estudo do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo,
Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep)". Neste ano, também foram assinados
contratos de venda da Refinaria Isaac Sabbá (REMAN), no Amazonas, e da Unidade
de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná.
"Vamos responder à altura e faremos de tudo para proteger os ativos que
ainda pertencem à estatal", comenta o coordenador da FUP.
Em comunicado, a federação afirma que, de acordo com levantamento do
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese),
de março de 2015 até novembro de 2021, a Petrobras se desfez de 78 ativos,
sendo 70 no Brasil e 8 no exterior. Deste total, 76% foram vendidos durante o
governo do presidente Jair Bolsonaro, a R$ 152 bilhões. Alguns desses ativos
tiveram o processo de venda iniciado no governo anterior, de Michel Temer.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2021
Sindicatos de empregados da Petrobras deixam greve preparada contra privatização
A Federação Única dos
Petroleiros (FUP) e seus sindicatos filiados, representantes de empregados da
Petrobras, vão encerrar o ano de 2021 em estado de greve nacional, num protesto
contra defesas do governo federal à privatização da Petrobras. Segundo a entidade,
o estado de greve foi aprovado pela ampla maioria da categoria petroleira, em
assembleias realizadas até esta quarta-feira (22), em todo o Brasil.
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