O contrato inicial, assinado
em 2014, previa a entrega de 28 aeronaves no valor de R$ 7,2 bilhões à
época.
Em nota publicada nesta sexta,
a FAB diz considerar “as necessidades” do órgão “frente aos recursos anualmente
disponibilizados” para justificar a decisão, unilateral, de reduzir a encomenda
para 15 unidades.
Em comunicado ao mercado, a
Embraer informou que tomou conhecimento da decisão da FAB nesta sexta e que
buscará as medidas legais cabíveis, sinalizando que
a disputa com a FAB deve parar na Justiça.
O
KC-390 é um projeto da Força Aérea Brasileira (FAB) que, em 2009,
contratou a Embraer para realizar o desenvolvimento da aeronave. Foram sete
anos de estudo em parceira com Argentina, Portugal e República Tcheca para
desenvolver o protótipo.
Veja abaixo reportagem do
Fantástico de setembro de 2019 sobre o KC-390.
O cargueiro é voltado para
missões como transporte e lançamento de cargas e tropas, reabastecimento em
voo, busca e salvamento e combate a incêndios florestais.
Até momento, quatro unidades
do KC-390 foram entregues à FAB, a primeira delas em 2019.
Negociações começaram em abril
A FAB informou que começou em
abril deste ano as negociações com a Embraer para alterar o contrato. O prazo
final estipulado para as discussões terminou na quinta (11), sem que as duas
partes chegassem a um acordo.
“Considerando a decisão da
Embraer e a impossibilidade de permanecer com a execução do contrato nas
quantidades atuais, a Força Aérea Brasileira, no intuito de resguardar o
interesse público, iniciará, dentro dos limites previstos na lei, os
procedimentos para a redução unilateral dos contratos de produção das aeronaves
KC-390, fato inédito e indesejável nessa importante e cinquentenária relação”,
afirmou a FAB.
"O Comando da
Aeronáutica, ratificando a manutenção do espírito de parceria que sempre
existiu entre a FAB e a Embraer, permanecerá envidando esforços junto à empresa
no intuito de reduzir a frota de aeronaves KC-390 para os patamares
considerados adequados para a Força Aérea Brasileira", completa a nota.
Já a Embraer informou que
avalia o impacto da decisão unilateral da FAB em seus negócios e que buscará
reequilibrar seus contratos.
“Tão logo seja formalmente notificada pela União, a Companhia buscará as medidas legais relativas ao reequilíbrio econômico e financeiro dos Contratos, bem como avaliará os efeitos da redução dos Contratos em seus negócios e resultados”, disse a empresa em Nota.

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