Em outubro, o Brasil exportou
apenas 82,18 mil toneladas de carne bovina, o menor volume desde junho de 2018,
quando uma greve de caminheiros, que durou dez dias, impediu que cargas saíssem
dos frigoríficos e chegassem nos portos.
Os dados são da Secretaria de
Comércio Exterior (Secex) e foram analisados por pesquisadores do Centro de
Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP).
Eles destacam que é a primeira
vez em pouco mais de três anos que as exportações brasileiras de carne bovina
ficam abaixo de 100 mil toneladas, resultado da suspensão das compras chinesas
que, nesta quinta-feira (4), completa dois meses.
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Os embarques foram
interrompidos após dois casos
atípicos de vaca louca terem sido notificados em Minas Gerais e
Mato Grosso (saiba o que é a doença aqui).
A Organização Mundial de Saúde
Animal (OIE) já informou que as
ocorrências não representam risco para a cadeia de produção bovina brasileira.
Mesmo assim, a China mantém o veto.
No mercado nacional, a demanda
por novos lotes para abate se mantém baixa e a entrada de animais de
confinamento vem crescendo.
Assim, em outubro, o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 recuou 11,83%, encerrando o mês a R$ 257,10. No dia 28 de outubro, o indicador chegou a fechar a R$ 254,10, o menor valor nominal desde o início de outubro de 2020.
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