A Petrobras informou
nesta quinta-feira (28) que registrou lucro de R$ 31,142 bilhões no
terceiro trimestre deste ano. Com o resultado, a estatal reverteu o prejuízo de
R$ 1,5 bilhão apurado no mesmo período do ano passado.
No segundo trimestre, a
companhia teve lucro de R$
42,855 bilhões.
O desempenho da companhia veio
acima do esperado pelos analistas e superou estimativa da Refinitiv, que
previa lucro líquido de R$ 20 bilhões.
O lucro da Petrobras antes de
juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda ajustado) foi de R$ 60,744
bilhões, um crescimento de 81,7% na comparação com o mesmo período do ano
passado. Em relação ao segundo trimestre de 2021, houve queda de 1,9%.
O resultado da companhia foi
impulsionado pelos seguintes fatores:
Aumento da cotação do petróleo
no mercado internacional; e
Crescimento da receita com a
venda de combustíveis no mercado interno.
Receita em alta
No terceiro trimestre, a
estatal registrou receita líquida de R$ 121,6 bilhões, um avanço de 71,9% ante
o mesmo período de 2020. Na comparação com os três meses imediatamente
anteriores, a alta foi de 9,8%.
No período, a receita foi
impulsionada pela valorização nos preços do petróleo Brent no mercado
internacional e pela venda de derivados - com destaque para diesel,
gasolina e GLP.
O preço médio do barril do
Brent foi cotado a US$ 73,47 no terceiro trimestre, uma alta de 6,7% em relação
ao segundo trimestre e de 70,9% ante o mesmo período do ano passado, quando a
economia global ainda sofria com os efeitos da pandemia de coronavírus.
A receita com a venda de
derivados somou R$ 75,317 bilhões no período, o que representa um avanço de
81,9% ante o terceiro trimestre de 2020 e de 18,1% na comparação com o segundo
trimestre deste ano.
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Dívida e investimento
A dívida bruta somou US$
59,588 bilhões de julho a setembro, queda de 25,1% na comparação com o mesmo
período do ano anterior. Em relação ao segundo trimestre, o recuo foi de 6,4%.
No balanço, a empresa destacou
que atingiu 15 meses antes do esperado a meta de endividamento abaixo de US$ 60
bilhões.
"Atingimos nossa meta de
endividamento muito antes do planejado e estamos dividindo parte das riquezas
geradas com a sociedade e nossos acionistas através de impostos, dividendos,
criação de empregos e investimentos", destacou o presidente da Petrobras,
Joaquim Silva e Luna, no balanço divulgado nesta quinta.
Já os investimentos foram de
US$ 1,863 bilhão, alta de 13,7% na comparação com o terceiro trimestre de 2021,
mas houve uma queda de 21,2% em relação ao apurado no segundo trimestre.
Remuneração ao acionista
O conselho da Petrobras também
aprovou nesta quinta o pagamento de nova antecipação da remuneração aos
acionistas relativa ao exercício de 2021, de R$ 31,8 bilhões, ou o equivalente
a R$ 2,437865 bruto por ação preferencial e ordinária em circulação.
Essa distribuição se soma aos
R$ 31,6 bilhões anunciados em 4 de agosto, totalizando R$ 63,4 bilhões em
antecipação aos acionistas relativa ao exercício de 2021.
"A distribuição considera
as perspectivas de resultado e geração de caixa da Petrobras para o ano de
2021, sendo compatível com a sustentabilidade financeira da companhia, sem
comprometer a trajetória de redução de seu endividamento e sua liquidez, em
linha com os princípios da Política de Remuneração aos Acionistas", disse
a empresa.
O valor adicional será pago em dezembro, junto com a parcela já aprovada em 4 de agosto.
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