A campanha do Outubro Rosa
lembra anualmente a importância do autoexame das mulheres para prevenção e
diagnóstico precoce do câncer de mama. Mas veterinários também fazem o alerta
de que a doença também atinge os animais domésticos. O câncer de mama é o mais
comum entre as cadelas.
Os dados foram divulgados por
profissionais ligados ao Conselho de Medicina Veterinária do Rio Grande do
Norte, que alertam também para a importância do diagnóstico precoce e da
prevenção, assim como acontece com os humanos.
Na medicina veterinária, uma
das maiores formas de prevenção é a castração do animal entre o primeiro e o
segundo cio. Mesmo que um animal seja diagnosticado com a doença, atualmente há
tratamento inclusive com cirurgias e quimioterapia para os bichos.
A médica-veterinária Charlene
Brito explica que, assim como as mulheres fazem o autoexame, os tutores devem
tocar os animais, para identificar possíveis alterações. A profissional
recomenda que os tutores brinquem com seus pets, massageando a região das
mamas.
“O ideal é que você faça isso
sempre, porque na hora que tiver alguma coisa fora do normal, vai ser mais
fácil identificar. Ao sinal de qualquer alteração, um nódulo, sangramento, ou
qualquer outra secreção, procure um médico-veterinário”, explicou.
O médico-veterinário José
Ricardo Carvalho reforça a importância do tutor no diagnóstico.
"A mulher tem a vantagem
de poder fazer o autoexame. No caso dos animais não. O tutor precisa fazer o
toque. Costumo dizer que ao encontrar um caroço parecido com um caroço de
feijão ou de arroz, ele já deve procurar um médico-veterinário", disse.
Dra. Charlene Brito explica
que o desenvolvimento do câncer ocorre primariamente em animais que já contam
com uma predisposição causada por mutação genética.
“Não tem relação com raça. O
que a gente sabe é que, quando a paciente tem essa mutação genética, as células
do sistema imunológico têm dificuldade de provocar a morte daquela célula que
começa a se reproduzir erroneamente”, diz.
Fatores externos também podem
aumentar os riscos de câncer de mama, como é o caso das vacinas contraceptivas.
O consenso entre os
profissionais que lidam com a saúde animal é que a castração deve ocorrer entre
o primeiro e o segundo cio. "Quando mais velho o animal for castrado, o
procedimento continua importante, mas as chances de prevenir o câncer serão
menores", explicou José Ricardo.
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