O Podemos deseja que ele lidere o projeto eleitoral de terceira via contra o presidente Jair Bolsonaro e contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas Moro também tem no radar a possibilidade de concorrer a uma vaga no Senado, caso não deseje entrar na disputa pelo Planalto. Nesse caso, ele poderia concorrer pelo Paraná ou por São Paulo.
Em seu artigo semanal publicado na revista Crusoé, Moro já adotou um tom de preocupação com a crise econômica e com as manobras do governo para driblar o teto fiscal e bancar o Auxílio Brasil.
“Em meu artigo na Crusoé, destaco a relação entre os retrocessos no combate à corrupção e a disparada da inflação. Com uma agenda pública focada em interesses pessoais e não no bem comum, é impossível conciliar estabilidade econômica com avanços sociais”, disse Moro hoje nas suas redes sociais.
No artigo, o ex-ministro fala claramente sobre sua preocupação com a ameaça à política fiscal que vem sendo feita pelo governo Bolsonaro. “Se a política fiscal perde a credibilidade, a consequência imediata é o aumento dos juros e a elevação da inflação, medidas que afetam a todos indistintamente, mas que inegavelmente atingem mais fortemente as camadas mais pobres da população, que não têm mecanismos de proteção contra juros e inflação elevadas.
O governo dá com uma mão, que é
normalmente ineficiente, e tira com a outra, essa implacavelmente eficaz. O que
se demanda é diminuir os desperdícios, realocar despesas e focar políticas
sociais no que é prioritário, além de torná-las eficientes. Controlar a
inflação, como se fez com o Plano Real, assim como prevenir e combater a
corrupção, como seções durante a Lava Jato, são conquistas civilizatórias”,
escreveu.

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