Dentro desse prazo, Bolsonaro
poderá marcar dia e hora para ser interrogado sobre a acusação do ex-ministro
Sergio Moro: a de que o presidente agiu para blindar aliados e familiares de
investigações.
A decisão de Moraes foi tomada
após a Advocacia-Geral da
União (AGU) ter informado nesta quarta-feira ao Supremo que o presidente
admite prestar o depoimento pessoalmente
A comunicação foi feita
minutos antes de o STF começar o julgamento que iria discutir o modelo do
depoimento do presidente, se presencial ou por escrito.
A AGU defendeu anteriormente
que o depoimento fosse por escrito por causa do cargo, o que não
foi acolhido pelo relator original do caso, o ministro Celso de Mello,
que se aposentou no ano passado.
Celso de Mello entendeu que o
presidente só tem a prerrogativa de depor por escrito quando figura como
testemunha em um inquérito. Neste caso, Bolsonaro é investigado.
Ao determinar o prazo para o
depoimento, Alexandre de Moraes arquivou recurso da AGU contra a decisão de
Celso de Mello.
Nesta quarta (6), depois de a
AGU ter informado sobre a intenção de Bolsonaro depor presencialmente, o julgamento
no STF acabou suspenso para Moraes avaliar se o recurso ainda deveria
ser julgado.
Segundo interlocutores da AGU,
Bolsonaro fez um aceno ao Supremo, numa tentativa de mostrar que não estava
disposto a criar um novo confronto.

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