Hoje, o tributo, cobrado pelos
estados, tem como base o preço médio da gasolina, do diesel e do etanol nos 15
dias anteriores.
Se a proposta for acatada,
portanto, os estados levariam em consideração o preço médio dos combustíveis em
2020 e 2021 ao fazer a cobrança do ICMS ao longo do ano de 2022, por exemplo.
A mudança no período seria uma
forma de reduzir a volatilidade nos valores. Contudo, a expectativa é que a
nova regra leve à perda de receita para os estados - e, por isso, deve sofrer
resistências de parlamentares e governadores.
Segundo interlocutores, a
ideia é que a média do preço seja recalculada anualmente, com base nos últimos
24 meses. Pela proposta, não haveria mudança nas alíquotas do ICMS cobrado por
cada estado.
Após reunião nesta terça-feira
(5) com Lira, que apresentou a ideia inicial do texto, líderes da oposição
pediram mais tempo para analisar a proposta.
Inicialmente, o presidente da
Câmara pretendia votá-la ainda na sessão desta terça-feira. Houve um acordo,
segundo lideranças da oposição, para que a proposta seja votada na próxima
quarta-feira (13), sem obstrução à matéria.
Questionado por jornalistas ao
chegar na Câmara nesta terça, Lira disse que conversaria com o relator da
matéria, deputado Dr. Jaziel (PL-CE), antes de detalhar a proposta.
Combustíveis
O preço dos combustíveis tem
gerado atritos entre o governo e a Petrobras. Na
segunda-feira (27), após o presidente Jair
Bolsonaro afirmar que estuda maneiras de reduzir o preço dos
combustíveis, o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, afirmou que a
política de preços da estatal será mantida, admitindo que os valores poderiam
subir.
Alinhado ao
presidente Bolsonaro, Lira atacou a política de preços da estatal e
disse que discutiria com líderes alternativas para segurar o preço dos
combustíveis.
No mesmo dia, a Petrobras
anunciou que elevaria o preço do diesel vendido às distribuidoras. Com o
reajuste, o preço médio de venda do diesel passou de R$ 2,81 para R$ 3,06 por
litro, refletindo reajuste médio de R$ 0,25 por litro.
Segundo a Petrobras, a alta de
8,89% vem após 85 dias de preços estáveis para o combustível – a última alta
antes dessa havia sido em 7 de julho passado. A Petrobras não informou reajuste
nos preços dos demais combustíveis.
O presidente da Câmara articulou reunião com líderes da base de apoio do governo e também os de oposição para chegar a uma alternativa. A proposta de hoje ainda será analisada pelos partidos e deve ir a votação na próxima semana.
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