A PEC aprovada em primeiro
turno prevê a retomada das coligações partidárias –
que foram descartadas em 2017, em uma emenda à Constituição, após amplo
debate no Congresso.
A volta
das coligações favorece a proliferação das chamadas "legendas de
aluguel" – partidos sem ideologia, que se reúnem em torno de
figurões políticos para barganhar apoio no parlamento.
O Brasil
tem, hoje, 33 partidos formalmente registrados no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). O número vem crescendo desde a redemocratização e, hoje,
dificulta a chamada "governabilidade" do país – o governo precisa
negociar com cada vez mais lideranças, o que favorece o chamado "toma lá,
dá cá".
Deputados afirmam que a
reforma de 2017, que pôs fim às coligações nas eleições proporcionais (de
deputados e vereadores), fortaleceu a democracia. Relembre,
no vídeo abaixo, a decisão tomada há quatro anos:
"Com a volta das
coligações, nós vamos ter mais partidos do que os 36 que já temos. E se nós
mantivermos o fim da coligação, vão sobrar 10 a 12 partidos no país, não
precisa mais do que isso. Porque isso dá identidade para os partidos, fortalece
a democracia. A volta da coligação é para que muitos se salvem, porque sem
coligação a porta é estreita e poucos podem passar", diz o deputado Pompeo
de Mattos (PDT-RS).
'Distritão' derrotado
Os deputados rejeitaram, na
votação em plenário, o chamado "distritão" – modelo que elege como
deputados federais os candidatos mais votados em cada estado.
A descrição parece simples
mas, segundo especialistas, a aprovação representaria um retrocesso em relação
ao modelo proporcional adotado hoje em dia.
Pelo modelo atual, as 513 cadeiras da Câmara dos Deputados são distribuídas de forma proporcional aos votos obtidos por cada partido – e então, destinadas aos candidatos mais bem votados de cada legenda. Com isso, todo voto é contabilizado e os partidos têm maior incentivo para oferecer uma diversidade de candidatos nas urnas.
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