Em audiência realizada no
último dia 20, o Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) alertou o
governo federal, responsável pela Cinemateca Brasileira, para o risco de
incêndio.
O galpão da
Cinemateca, na Vila Leopoldina, Zona Oeste de São Paulo, pegou fogo no
início da noite desta quinta-feira (29), nove dias depois da audiência.
"Pelo MPF, houve
comentários sobre a visita realizada e sobre o fato de terem sido bem
recebidos. Destacou, entretanto, o fato de risco de incêndio, principalmente em
relação aos filmes de nitrato", diz o termo da audiência.
O risco de incêndio foi
observado tanto na sede da Cinemateca, na Vila Mariana, como nos galpões da
Vila Leopoldina.
Segundo a capitã dos bombeiros
Karina Paula Moreira afirmou à GloboNews, "o incêndio começou em uma das
salas de acervo histórico de filmes que fica no primeiro andar. Essa parte é dividida
entre três salas, uma delas com acervo de filmes entre 1920 e 1940 e uma das
salas de arquivo impresso, também histórico. Estamos levando o que foi queimado
e preservado dentro dessas três salas - provavelmente nada. Porém, no andar
térreo, tem uma parte grande do acervo histórico que não foi atingida”,
afirmou.
No prédio, ficavam gravados 1
milhão de documentos da antiga Embrafilme, como roteiros, artigos em papel,
cópias de filmes e documentos antigos. Alguns tinham mais de 100 anos e seriam
usados na montagem de um museu sobre o cinema brasileiro.
Em nota, a Secretaria Especial
da Cultura afirmou que "todo o sistema de climatização do espaço passou
por manutenção há cerca de um mês como parte do esforço do governo federal para
manter o acervo da instituição. A Secretaria já solicitou apoio à Polícia
Federal para investigação das causas do incêndio e só após o seu controle total
pelo Corpo de Bombeiros que atua no local poderá determinar o impacto e as
ações necessárias para uma eventual recuperação do acervo e, também, do espaço
físico. Por fim, o governo federal, por meio da Secretaria, reafirma o seu
compromisso com o espaço e com a manutenção de sua história", diz o texto.
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