A Executiva Nacional do DEM
decidiu nesta segunda-feira (14), por unanimidade, expulsar o ex-presidente da
Câmara Rodrigo
Maia (RJ) do quadro de filiados do partido.
Segundo a nota oficial da
legenda (leia abaixo), a comissão
"deliberou pelo cometimento de infração disciplinar, e consequente
expulsão do deputado".
Um entendimento do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) define que, em caso de expulsão, o partido não pode requerer o mandato.
Essa interpretação foi adotada, por exemplo, quando
o deputado Alexandre Frota (SP) foi expulso do PSL, em 2019 – hoje,
Frota é deputado pelo PSDB.
Por essa regra, Maia seguirá deputado federal e poderá se filiar a
outra sigla.
Rodrigo Maia está no sexto
mandato como deputado federal. Comandou a Câmara entre julho
de 2016, quando sucedeu Eduardo Cunha (MDB-RJ),
e fevereiro
de 2021, quando foi sucedido por Arthur Lira (PP-AL).
Maia pediu para sair
Em maio, Rodrigo Maia já havia
anunciado que apresentaria ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um pedido de
desfiliação do DEM. Naquele momento, o deputado não quis informar a qual
partido se filiará.
No documento, Maia afirma que
sofre "grave discriminação" política e pessoal na legenda e que houve
"substancial mudança" do programa partidário do DEM, aproximando a
sigla do presidente Jair Bolsonaro.
A Resolução 22.610/2007 do TSE
prevê a desfiliação partidária com manutenção do mandato se houver justa causa,
como incorporação ou fusão do partido; criação de novo partido; mudança
substancial ou desvio reiterado do programa partidário; grave discriminação
pessoal.
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