As dragas necessárias para a
dragagem do Porto de Natal devem chegar a Natal em janeiro de 2026, conforme o
Ministério de Portos e Aeroportos. A empresa DTA, vencedora da licitação, está
finalizando o projeto executivo e aguardando as licenças necessárias para dar
sequência ao trabalho.
O projeto visa melhorar o calado do canal, atualmente de 10 metros, o que já limita a passagem de navios de maior porte. Com a ampliação, o Porto poderá receber embarcações com até 11 metros de calado.
O ministério ainda afirmou que
o prazo previsto para entrega da profundidade é de 6 meses após o início das
obras, devendo ser finalizadas no meio do ano de 2026.
O custo da obra de dragagem é
estimado em R$ 54,5 milhões, com recursos garantidos pelo Ministério dos Portos
e Aeroportos, e será acompanhada de perto pela Capitania dos Portos.
Durante a execução da
dragagem, a Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern), responsável pela
administração do porto, informou que não haverá interrupções nas operações
portuárias. “A gente tem as manobras de navios programadas, então, você tem como
parar a draga para que o navio passe no canal”, disse o presidente da Codern
Paulo Henrique Macedo.
Segundo a companhia, a
dragagem será fundamental para a modernização da infraestrutura portuária do
estado, permitindo o escoamento de cargas mais pesadas e ampliando a
competitividade do Porto de Natal no cenário internacional.
“Não só aumentar rotas
internacionais, como você passa a dar segurança à operação portuária, você
amplia a janela de saída de navios, aí realmente você vai poder passar pela
ponte 24 horas”, avaliou. “A gente vai escoar muito mais carga com essa
operação que a gente está agora de frutas do que quando a gente tinha o
contêiner. E com a possibilidade de ter o minério de ferro, triplicaria as
nossas cargas, como você tem muito mais escoamento de frutas ou até de outras
cargas”, explicou Macedo.
Outro problema que está sendo
tratado pelo Porto de Natal é a instalação das defensas da ponte, com a
instalação de dolphins na estrutura do equipamento.
A empresa vencedora da
licitação para instalar as defensas aguarda as licenças necessárias para dar
início à execução da obra. Após a conclusão da contratação, prevista para
dezembro, o desenvolvimento do projeto executivo seguirá um cronograma de
quatro meses. A obra, então, será executada ao longo de 12 meses, com previsão
de término para 2027.
Com a ausência das defesas da
ponte, a Marinha do Brasil gerou a Portaria Nº 55/CPRN, emitida pela Capitania
dos Portos, que estabelece a proibição de manobra de navios no período das 18h
às 5h. A medida evita riscos à navegação, já que a falta de defesas aumenta o
perigo de colisões durante a saída e entrada de embarcações em determinados
períodos de maré.
Reformas no Porto
O Porto de Natal está com um
pacote de obras que foi unificado em uma única licitação. O conjunto inclui a
reforma de armazéns, destinada a modernizar e ampliar a capacidade de
armazenamento de cargas, a reforma de galpões, que visa melhorar a infraestrutura
logística, e a instalação de um sistema fotovoltaico para trazer maior
sustentabilidade à operação.
As obras já foram contratadas
e estão em plena execução. A previsão é de que o conjunto de reformas e
instalações seja concluído até agosto de 2026.
A licitação já foi finalizada, e os contratos foram assinados. Atualmente, as obras estão em pleno andamento, e a expectativa é que o galpão seja entregue em dezembro deste ano. Mesmo com o galpão já em fase de finalização, a reforma do armazém ainda segue em andamento, visando a conclusão de todo o projeto no prazo estabelecido.
Tribuna do Norte
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