quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Raimundo Alves vê Zenaide fora das alianças para 2026

“Os sinais são de que a senadora Zenaide optou por um outro projeto pra 2026, que não é o projeto do PT”, disse o chefe do Gabinete Civil do Governo do Rio Grande do Norte e membro da cúpula do PT, Raimundo Alves, ao ser questionado sobre a relação política do sistema governista do RN com a senadora Zenaide Maia (PSD).

Os sinais a que Raimundo Alves (PT) descreve são os afagos entre Zenaide Maia e o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), pré-candidato ao governo do RN. Em julho e agosto, deste ano, várias foram as declarações na mídia e nas redes socias do apoio mútuo entre Zenaide e Allyson.

Allyson Bezerra (União), declarou, com todas as letras, seu compromisso com a senadora Zenaide Maia (PSD) para a reeleição no próximo ano. “Zenaide é a nossa senadora. Ela faz um trabalho em Mossoró do ponto de vista de atrair investimentos para a cidade, emendas, principalmente de atenção. Mossoró tem uma porta aberta hoje em Brasília, e uma dessas portas foi escancarada por Zenaide. A senadora com certeza contará com nosso apoio, contará com nosso pedido de voto, no momento certo. Acredito que esse trabalho que ela vem fazendo, continuará fazendo”, justificou Allyson.

No sábado (16 de agosto) no auditório lotado do Hotel Holiday Inn, em Natal, a senadora Zenaide Maia (PSD/RN) promoveu um encontro que reuniu mais de 50 prefeitos de todas as regiões do Estado, além de centenas de vereadores, lideranças comunitária. Entre os prefeitos presentes, Allyson Bezerra (Mossoró), Nilda Cruz (Parnamirim), Dr. Lula (Assú), Jaime Calado (São Gonçalo do Amarante), Emídio Júnior (Macaíba), entre outros. Também presentes os deputados estaduais Eudiane Macedo, Terezinha Maia, e Kleber Rodrigues.

Entre esses apoios, o discurso mais vibrante foi do prefeito mossoroense, Allyson Bezerra (UB) e prometeu percorrer o RN ao seu lado, numa campanha de agradecimento por seu trabalho. E, de olho em 2026.

Por tudo isso, a senadora Zenaide Maia (PSD) não deve seguir com o grupo da governadora Fátima Bezerra. É assunto resolvido. Ela vai estar do lado do prefeito Allyson Bezerra (UB), caso este decida ser candidato ao Governo do Estado.

Mesmo alinhada politicamente às pautas do governo Lula (PT) no Senado Federal, a tendência da presidente estadual do PSD, senadora Zenaide Maia, é de afastamento de uma aliança político- partidária com a governadora Fátima Bezerra (PT), que pode ser sua concorrente direta na tentativa de voltar ao Senado nas eleições de 2026.

Outro sinal foi desde as eleições do ano passado quando o PSD deixou de compor o governo oficialmente. Ocasião em que Jaime Calado se afastou do governo para ser candidato em São Gonçalo, derrotando, o ex-presidente do PT, Eraldo Paiva. Depois das eleições, o PSD optou por não fazer indicações em secretarias. Era o sinal do afastamento de Jaime Caldo da secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico para se candidatar à prefeito de São Gonçalo do Amarante em oposição ao PT.

Aberto ao diálogo

Ainda assim, Raimundo Alves admite que “o PT, evidentemente que o PT, assim como os partidos aliados, pelo que temos conversado internamente, e a governadora continuam abertos ao diálogo”.

Da mesma forma com o PV, partido integrante da Federação Brasil da Esperança ao lado der PT e PC do B, que já indicou o seu presidente no Estado, Rivaldo Fernandes, como pré-candidato a senador: “Como não sou dirigente do Partido, pode até ser que essa discussão já exista, mas eu não tenho conhecimento”.

Alves também considera “absolutamente natural e eleitoralmente importante”, a natural a revindicação do vice-governador Walter Alves, para que o MDB faça parte da chapa majoritária, embora já tenha declinado de sair candidato à reeleição depois de assumir o Executivo estadual em abril com a renúncia de Fátima Bezerra para disputar a cadeira de senadora.

Prazos

Em relação ao fechamento de acordo político sobre composição da chapa majoritária, Alves diz que os partidos seguem a legislação eleitoral: “O prazo são as convenções que se darão a partir de julho de 2026. Até lá muitas conversas e articulações políticas serão a rotina”.

O chefe do Gabinete Civil descarta, portanto, que o encontro de partidos aliados neste sábado (27) em Mossoró, trata-se de uma decisão definitiva a respeito de uma coligação futura para 2026. “Fechados não. O debate e as alianças só se darão nas convenções”, reforçou.

Tribuna do Norte

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