Segundo Serquiz, os setores
mais suscetíveis aos efeitos da medida são o da pesca, o de sal, o de balas e o
de caramelos. Isso porque entre 60% e 80% dos produtos desses segmentos têm
como destino o mercado norte-americano. Já as indústrias de petróleo e a
fruticultura, apesar de também exportarem para os Estados Unidos, possuem uma
base mais diversificada de compradores e, portanto, não devem sofrer impactos
significativos.
“Sobretudo o pescado, que é um
produto perecível, não consegue migrar rapidamente para um novo mercado. A
taxação para esse setor é como um embargo, pois realmente leva para uma
situação complicada”, afirma o presidente da Fiern. Ele também observa que a
logística de exportação do pescado para os Estados Unidos é atualmente a mais
viável para o setor.
Serquiz destaca ainda que,
embora os empresários locais possam buscar diálogo com os norte-americanos, a
questão é predominantemente diplomática. Conforme noticiado
pela Tribuna do Norte, representantes do governo dos EUA já indicaram que
negociações formais com o Brasil só devem ocorrer após autorização direta do
ex-presidente Donald Trump, que lidera as tratativas no atual contexto político
norte-americano.
Diante da iminência da nova
taxa, alguns estados brasileiros já anunciaram medidas para reduzir os impactos
sobre o setor produtivo. É o caso de São Paulo, que divulgou na quarta-feira
(23) a liberação de R$ 200 milhões em crédito subsidiado para empresas afetadas
pela tarifação. No Rio Grande do Norte, Serquiz informou que a Fiern está
promovendo diálogos com o setor produtivo local e elaborando um levantamento
técnico sobre os possíveis efeitos da medida.
Apesar disso, o presidente da
Fiern ressalta que, até o momento, não houve por parte do Governo do Estado
ações concretas voltadas ao apoio dos setores mais vulneráveis à taxação.
Segundo ele, propostas como a adotada pelo Governo de São Paulo são “um socorro
necessário”, e o Executivo potiguar demonstrou preocupação preliminar com o
tema. “Essa alternativa é uma opção para dar uma sustentabilidade periódica
enquanto essa situação não é equacionada”, apontou.
Confira entrevista completa na
Jovem Pan News Natal:
Tribuna do Norte
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