De acordo com a associação,
o mercado norte-americano é o destino de cerca de 70% do pescado exportado
pelo Brasil. Com a nova taxação, o setor estima que cerca de R$ 300 milhões em
produtos estejam parados entre pátios portuários, embarcações e unidades
industriais.
O pedido foi protocolado no
Palácio do Planalto e se dirige ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A
proposta da Abipesca prevê crédito emergencial de R$ 900 milhões, com seis
meses de carência e prazo de 24 meses para pagamento.
De acordo com a
Abipesca, a taxação levou o setor a enfrentar uma “grave crise de capital
de giro”, uma vez que não há como redirecionar essa produção ao mercado
interno “que já se encontra abastecido e não absorve os cortes específicos
voltados à exportação”.
“Caso não haja uma resposta
rápida, 35 indústrias e aproximadamente 20 mil trabalhadores, incluindo
pescadores artesanais, podem ser impactados com cortes e paralisações”,
afirmou a associação.
No documento protocolado, a
associação também solicita que o governo brasileiro intensifique as negociações
para reabertura do mercado europeu, fechado às exportações brasileiras de
pescado desde 2017.
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Negociação
No último dia 9, o presidente
dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou uma carta ao presidente Lula, em que
anuncia a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras
ao país norte-americano. Segundo Trump, as tarifas passam a valer no dia 1º de
agosto. Trump justifica a medida tarifária citando supostos "ataques
insidiosos do Brasil contra eleições livres e à violação fundamental da
liberdade de expressão dos americanos".
Nesta segunda-feira, o
ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista à Rádio CBN, que
o Brasil não vai sair da mesa de negociação com os Estados Unidos. Haddad
disse, porém, que o governo vem trabalhando em planos de contingência para ajudar
os setores mais prejudicados com o plano de Donald Trump.
Agência Brasil

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