“A preocupação maior é que
temos que ser muito ativos nessa CPMI, porque a verdade é que não há crime mais
hediondo, não há crime mais forte, mais detestável do que se roubar aposentados
ou se tirar merenda de crianças, se me permita o paralelo e a analogia. E é
evidente que é a República Sindical que está por trás desse crime”.
“Nós estamos falando de um
aumento de 2,5 milhões de associados no final do governo do presidente
Bolsonaro para 9,6 milhões em meados de maio de 2025. e com todos os avisos,
com todos os indícios, com todas as provas que foram obtidas pelos órgãos de controle
do Tribunal de Contas, da AGU, da CGU, e eles dobraram as apostas e há uma
organização criminosa que se locupletou com os recursos dos aposentados”,
continuou.
Assalto
Em entrevista ao canal da
Revista Oeste no Youtube, na manhã da terça-feira (24), o senador Rogério
Marinho também destacou que a Polícia Federal (PF) tem divulgado,
principalmente, uma ação contra três ou quatro entidades que descontavam
recursos dos benefícios de aposentados e pensionistas da previdência social,
mas são 41 entidades, “nenhuma entidade ligada às centrais sindicais, e são
muitas, hoje está em evidência como partícipe desse verdadeiro assalto ao
recursos russo do aposentado rural”.
Particularmente, Marinho disse
que já se colocou à disposição do seu partido e vai participar da CPMI como
suplente: “Pretendo trazer à baia, trazer à luz do dia esses dados que são
fucrais e que são assertivos, que mostram que a corrupção se estabeleceu há
muitos anos atrás e que ela foi potencializada no governo do presidente Lula
através dos seus indicados, tanto do Ministério da Previdência como do
Instituto Nacional de Seguridade e Ação Social do INSS”.
Marinho disse, ainda, que
“está muito mais preocupado em mostrar essas provas e não tenho dúvida que a
verdade vai se impor. Eles vão ter muita dificuldade e não vão conseguir
esconder o sol com a peneira”.
Manifestação
O senador Rogério Marinho
considera que a manifestação organizada por seu partido, a partir das 14 horas
deste domingo (29), na avenida Paulista, em São Paulo, “é um momento de
renovarmos as esperanças e de estarmos juntos, porque quem não aceita a banalização
da jurisprudência de exceções que ocorre no Brasil precisa mostrar sua
irresignação e sua indignação”.
Para o senador Rogério
Marinho, a convocação feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro à participação do
ato público, é uma oportunidade, mais uma vez, “de mostrarmos ao mundo e ao
Brasil que existem brasileiros insatisfeitos com a forma como a justiça está
sendo administrada no país, em que inquéritos são intermináveis, em que acabou
o devido processo legal, que a legislação vem sendo modificada e a
jurisprudência em função da conveniência ou da circunstância do momento”.
Em entrevista ao canal da
Revista Oeste no Youtube, na manhã da terça-feira (24), Marinho disse que “mais
do que nunca é importante mostrarmos de cabeça erguida, de peito aberto, a
nossa coragem de nos opormos o que está acontecendo no Brasil, até porque
estamos próximos ao desfecho de um julgamento sumário e inquisitorial, com um
ritmo extremamente acelerado”.
“Acredito que nos próximos
três ou quatro meses nós teremos um desfecho e dificilmente teremos uma outra
oportunidade de estarmos juntos. Então, é muito importante todos nós pedirmos,
clamarmos, que haja justiça no Brasil, de fato, e não apenas uma justiça
relativa e seletiva como vem sendo aplicada no nosso país.”, declarou o
senador, referindo-se ao julgamento de Bolsonaro que ocorre no Supremo Tribunal
Federal (STF).
Ao ser questionado sobre o
projeto da anistia em tramitação no Congresso Nacional, Marinho explicou que a
solução se dará no campo da política, os líderes partidários e os próprios
presidentes dos Poderes “buscam uma alternativa e uma solução que permita que
aqueles que estão presos por depredação de patrimônio público ou até pela forma
como a justiça encarou o fato de estarem presentes no gramado da Praça dos Três
Poderes no dia 8 de janeiro, essas condenações que ocorreram em escala
industrial sem individualiza de culpas, muitas vezes de uma forma na
perspectiva pedagógica de tentar inibir ou de tentar fazer com que as pessoas
tenham receio de ir às ruas, essas pessoas precisam ser soltas”.
Marinho informou que o recesso
parlamentar no Congresso Nacional ocorrerá na terceira semana de julho e
acredita que entre os dias 17 e 18 dom próximo mês, “acredito que nós teremos
alguma solução nesse sentido e também na possibilidade de que o presidente
possa ter a isenção do seu julgamento”. Para Marinho, “não há sentido nem do
ponto de vista formal, nem do ponto de vista legal, nem do ponto de vista
moral, que um ex-presidente da República esteja sendo julgado na última
instância recursal, sem a possibilidade de um duplo grau de jurisdição”.
Tribuna do Norte

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