quarta-feira, 30 de abril de 2025

Veterinário contesta acusação de provocar parada respiratória em cachorro durante aula

O médico-veterinário Saul Dias Cortez se defendeu da acusação de induzir parada respiratória em um cachorro durante um minicurso na Universidade Potiguar (UnP), em Mossoró. Por meio de nota divulgada nesta quarta-feira (30), o profissional classificou as acusações como “inapropriadas e descontextualizadas”.

Na última sexta-feira (25), o veterinário viralizou nas redes sociais ao aparecer realizando um procedimento em um cachorro durante a aula. No vídeo, ele afirma: “eu apliquei a medicação de forma que provoquei uma parada respiratória nele”.

Em nota, Cortez rebate: “Não existiria a menor possibilidade de provocar nenhum dano à saúde, sendo um informe inapropriado e descontextualizado a verbalização de ‘parada respiratória’”, explica.

O médico ainda destacou sua qualificação profissional: “Sou detentor de várias pós-graduações em Medicina Veterinária, com conhecimento técnico mais do que suficiente para ministração do procedimento realizado.”

Segundo ele, a UnP tinha conhecimento prévio de tudo que seria executado durante a aula prática. “Todo conteúdo e práticas realizadas no curso foi discutido com a universidade promotora, e que deu ciência e autorização para que o mesmo fosse realizado”, afirmou.

A UnP declarou que o animal não sofreu parada cardiorrespiratória.“Foi realizada uma avaliação do ocorrido por quatro médicos veterinários da UnP, que confirmaram que não houve qualquer prática de indução à parada cardiorrespiratória do animal”, informou a instituição.
Cortez também afirmou que o cão pertence a ele. “Esclareço que o pet que fazia parte da didática é do meu convívio e estima. Antes mesmo do fim do curso, o animalzinho já estava acordado, bem e brincando com os alunos nas dependências da faculdade”, escreve.

O vereador Robson Carvalho denunciou ao Ministério Público, a Polícia Civil e o Conselho Regional de Medicina Veterinária, ele pede a retirada do animal e a cassação da licença profissional. “Esperamos que sejam tomadas medidas imediatas e eficazes para garantir a segurança e o respeito aos animais. Além disso, é fundamental que a instituição adote políticas claras para prevenir futuras ocorrências”, disse Rafael Motta nas redes sociais.

Leia a íntegra da nota:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Em razão dos injustos e desproporcionais ataques sofridos por meio do “tribunal das redes sociais” quanto minicurso ministrado na UNP-Mossoró, para profissionais médicos veterinários e alunos do curso de Medicina Veterinária, venho a público, por necessidade de reposição da verdade, esclarecer o seguinte:

Sou detentor de várias pós-graduações em Medicina Veterinária, com conhecimento técnico mais do que suficiente para ministração do procedimento realizado;

Jamais poderia provocar quaisquer maus-tratos a um animal, seja em razão da minha profissão, seja em função da afetividade à causa animal, objeto de toda a minha formação existencial;

Esclareço que o pet que fazia parte da didática é do meu convívio e estima e não existiria a menor possibilidade de provocar nenhum dano a sua saúde, sendo um informe inapropriado e descontextualizado a verbalização de “parada respiratória “. Antes mesmo do fim do curso, o animalzinho já estava acordado, bem e brincando com os alunos nas dependências da faculdade.

Esclareço, que fui convidado pela Universidade Potiguar para realizar um mini curso prático, e todo conteúdo e práticas realizadas no curso foi discutido com a universidade promotora, e que deu ciência e autorização para que o mesmo fosse realizado.

Por fim, resta manifestar nossa confiança na apuração fidedigna dos fatos, longe da especulação maldosa de uns e o aproveitamento midiático de outros. Estarei sempre à disposição para os esclarecimentos necessários, que serão prestados aos órgãos competentes.

SAUL DIAS CORTEZ
MÉDICO VETERINÁRIO

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