Os dados foram divulgados
nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). O órgão revelou ainda que a
chamada inflação oficial, apurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), foi de 0,56% em março.
A diferença entre os dois
índices é que o INPC apura a inflação para as famílias com renda de até cinco
salários mínimos. Já o IPCA, para lares com renda de até 40 salários mínimos.
Atualmente o mínimo é de R$ 1.518.
O IBGE confere pesos
diferentes aos grupos de preços pesquisados. No INPC, por exemplo, os alimentos
representam 25% do índice, mais que no IPCA (21,86%), pois as famílias de menor
renda gastam proporcionalmente mais com comida. Na ótica inversa, o preço de
passagem de avião pesa menos no INPC do que no IPCA.
Pressão de alimentos
No INPC de março, os produtos
alimentícios exerceram a maior pressão no bolso dos brasileiros, subindo 1,08%,
o que representa impacto de 0,27 ponto percentual (p.p.), ou seja, mais da
metade do índice.
Veja como se comportaram os
grupos do INPC em março:
Alimentação e bebidas: 1,08%
Habitação: 0,21%
Artigos de residência: 0,21%
Vestuário: 0,46%
Transportes: 0,26%
Saúde e cuidados pessoais:
0,44%
Despesas pessoais: 0,70%
Educação: 0,08%
Comunicação: 0,19%
A coleta de preços é feita em
dez regiões metropolitanas - Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo
Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre - além de
Brasília e nas capitais Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.
Reajuste de salários
O INPC influencia diretamente
a vida de muitos brasileiros, uma vez que o acumulado móvel de 12 meses costuma
ser utilizado para cálculo do reajuste de salários de diversas categorias ao
longo do ano.
O salário mínimo, por exemplo,
leva o dado de novembro no seu cálculo. O seguro-desemprego, o benefício e o
teto do INSS são reajustados com base no resultado de dezembro.
De acordo com o IBGE, a
apuração do INPC “tem por objetivo a correção do poder de compra dos salários,
por meio da mensuração das variações de preços da cesta de consumo da população
assalariada com mais baixo rendimento”.
Agência Brasil

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