Levantamento feito pela Coordenadoria de Mobilidade Urbana do Instituto de Defesa do
Consumidor (Idec) mostra que São Paulo lidera
o ranking dos Estados, com 23 cidades que oferecem a gratuidade à população,
seguido por Minas,
com 18, e Paraná,
com 11. “Seis capitais estão estudando a adoção do sistema”, afirmou o
geógrafo Rafael Calábria,
coordenador no Idec. São elas: São Paulo, Fortaleza, Goiânia, Cuiabá, Brasília
e Palmas.
O movimento em direção à
tarifa zero se acentuou com a pandemia de covid-19.
Foi depois que o coronavírus se espalhou pelo mundo que 42 prefeitos decidiram
reorganizar o transporte público em suas cidades. Esse foi o caso de Mariana (MG),
Paranaguá (PR), Assis (SP)
e do mais populoso de todos os municípios a adotar o sistema: Caucaia, na
Grande Fortaleza, no Ceará.
Desde 2021, seus 368,9 mil habitantes se locomovem com tarifa zero.
A maioria dos políticos e dos
especialistas em transportes ouvidos pelo Estadão diz acreditar que a discussão
sobre essa política pública estará em destaque na próxima campanha eleitoral,
em 2024. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes
(MDB), já encomendou um estudo para a adoção da medida. Para seus
adversários, esta pode ser a bandeira que Nunes precisará para se reeleger. “O
estudo que eu pedi à SPTrans deve estar pronto ainda neste ano”, contou o
prefeito.
Nunes explica que a ideia de
adotar a tarifa zero em São Paulo também nasceu durante a pandemia por causa
da diminuição do número de passageiros no transporte público da
cidade – de 9 milhões por dia em 2019 para 7 milhões em 2023. Outro fator que
pesou foi o aumento do trânsito após a volta à normalidade, em 2022. “Pensamos
em um plano de retomada econômica que passava pela redução de impostos. E uma
das medidas era deixar a tarifa congelada”, disse Nunes.
Atualmente, o preço da
passagem é R$ 4,40 e não sobe há três anos. Em 2022, o sistema de transporte
público custou R$ 10,3 bilhões para a cidade, dos quais R$ 5,1 bilhões foram
arrecadados com tarifa e o restante foi subsidiado pela Prefeitura. “A tarifa
devia ser R$ 7,20. Começamos a levantar as cidades que tinham tarifa zero e
vimos que todas elas demonstravam um ganho econômico do comércio e de
empregos”, disse Nunes.
A Lista da Tarifa Zero
Veja o tamanho das cidades e o ano que elas adotaram a medida
Com informações do Estadão

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