O deputado Gonçalves defende o
retorno imediato das atividades das duas casas congressuais, Câmara dos
Deputados e Senado Federal, para se posicionar a respeito dos últimos
acontecimentos no país. “Não podemos aceitar se falar em recesso parlamentar em
um momento tão crítico de crise institucional que o Brasil passa”, disse.
Gonçalves (PL-RN) criticou o tratamento diferenciado que o STF tem dado ao
julgar casos de corrupção no país. “Na mesma semana em que saiu a informação
que um ministro do STF “descondena” mais um condenado por corrupção, na mesma
semana em que a PGR arquiva denúncias contra o atual e ex-ministro da
Previdência envolvendo a questão do roubo das aposentadorias dos velhinhos do
Brasil, temos a informação de que a PGR denunciou o ex-presidente Bolsonaro,
pedindo mais de 30 anos de prisão, por um crime impossível”.
Para o Sargento Gonçalves, “infelizmente, a interferência do Poder Judiciário,
do STF, nos outros Poderes, um golpe de R$ 90 bilhões, pelo menos, na
aposentadoria dos aposentados, dos nossos velhinhos. Esses, sim, são os
verdadeiros golpes.
Segundo Gonçalves, “o Brasil caminha a passos largos para a implantação de uma
ditadura, porque o “consórcio PT/STF” tem colocado o Brasil em maus lençóis
diante da política internacional. É bom lembrar que não foi só o presidente
Trump que fez o aviso dessa taxação de 50%. A própria Otan também já se
pronunciou com a possibilidade de uma taxação de 100% sobre o Brasil”.
Deputado Gonçalves, por que o senhor chamou o ministro do STF, Alexandre de Moraes, de o “Rei do Brasil”?
O sentimento é este. Não estamos mais em um estado democrático de direito. Não
existe mais uma Democracia. Estamos em uma Juristocracia. Ministros do STF
“governam” o Brasil e isso não está previsto na Constituição Federal de 88.
Muito menos que o STF é um “poder moderador”, como no império, eram os “reis”.
Qual a sua opinião sobre a atuação de Alexandre Moraes?
O ministro Alexandre de Moraes age como um ditador tirano. Sem respeito aos
princípios Constitucionais e ao Estado Democrático de Direito. E, o pior,
respaldado pela conivência da maioria dos demais ministros e da omissão covarde
do Senado Federal, em especial do presidente do Congresso Nacional.
Qual a sua opinião sobre o papel do Congresso Nacional nessa questão do IOF?
O Congresso Nacional agiu dentro dos ditames legais, respeitando a
Constituição, e aprovando democraticamente na Câmara e Senado o PDL, Projeto de
Decreto Legislativo, que sustou o ato do poder Executivo que previa mais um
aumento de imposto.
Deputado, não está na hora do Congresso Nacional promover uma reação à atuação dos ministros do STF?
Já passou da hora, e espero que já não seja tarde, que o Congresso reaja, em
especial o Senado Federal que tem a competência de pautar e votar impeachment
de ministros do STF.
Deputado, na sua opinião, o presidente do Senado deve dar segmento aos processos de impeachment que estão engavetados?
Olha, cabe ao Presidente do Senado, senador Davi Alcolumbre. É prerrogativa
dele, e ato discricionário, pautar o pedido de impeachment de ministros do STF.
A Câmara poderia agir, através de outras medidas, como por exemplo, instalação
da CPI do Abuso de Autoridade, que aguarda a instalação.
Qual foi o seu sentimento naquele momento em que o senhor fazia o discurso na Câmara dos deputados?
O sentimento foi de indignação e impotência, “triste do poder que não pode”,
você está na casa que faz as leis nacionais e ver um homem apenas pisar,
literalmente, no poder que representa a vontade popular, o Congresso Nacional,
como bem disse o próprio ministro Fux: “Em um Estado Democrático, se existe um
poder soberano, este deve ser o ser o Parlamento”.
Tribuna do Norte

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